LEAR de Valongo quer dispensar 285 trabalhadores

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A Lear prepara-se para encerrar a unidade em Valongo à semelhança do que já tinha acontecido com a fábrica da Póvoa de Lanhoso. A TSF apurou que por agora vão ser dispensados, por despedimento colectivo ou rescisões amigáveis, 285 trabalhadores dos 880 funcionários da fábrica de cablagens.

A TSF sabe que esta tarde a direcção da unidade da multinacional norte-americana Lear, em Valongo, está a anunciar aos trabalhadores a necessidade de dispensar 285 dos 880 funcionários da fábrica de cablagens.

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria e da Energia esta é uma situação que deixa adivinhar que a laboração da empresa só deve manter-se até ao final do ano.

É que nessa altura termina o contrato de permanência da multinacional com o Estado português.

Até Dezembro a empresa deverá anuncia a dispensa faseada dos restantes trabalhadores. Este é um procedimento que não é novo para a empresa.

Angelo Pereira, daquele sindicato, alertou para o receio de que a empresa venha a seguir o mesmo caminho do que há seis meses na Póvoa de Lanhoso, quando encerrou a fábrica e despediu 1500 pessoas.

«Com toda a política que está a ser seguida em termos de deslocalizações fica com motivos para encerrar a fábrica. Este é o nosso receio e pensamos que é isso que vai acontecer», adiantou.

De acordo com o sindicato, para justificar o despedimento destes 285 trabalhadores da unidade de Valongo, a Lear alega a necessidade de ajustar o quadro de pessoal às encomendas da Jaguar, que é o único cliente desta fábrica.

A multinacional diz que a alternativa seria o fecho imediato da fábrica e a deslocalização para a Leste.

A TSF tenta um contacto junto da direcção da Lear, que se remete ao silêncio sobre este assunto. Espera-se um comunicado sobre esta notícia.

A Lear tem ainda mais uma unidade em Portugal na zona de Palmela, que fornece estofos à Autoeuropa.
" (in www.tsf.pt)

Valongo sofre, na pele, o flagelo do desemprego. Depois da Póvoa de Lanhoso, Lear pode partir para despedimentos na fábrica de Valongo.
Estamos em solidariedade com todos aqueles que estão em risco de ficar sem posto de trabalho.